Os saques na história argentina. Trajetórias de uma prática coletiva
DOI:
https://doi.org/10.52024/3q5kkp48Palavras-chave:
saqueamento, ação política, protesto social, história argentina, violência coletivaResumo
Os saques por motivos económicos ou políticos, com fins de benefício pessoal ou de destruição ritual, têm sido um fenómeno recorrente na história argentina. Contudo, têm merecido escassa atenção historiográfica, se comparados com outras formas de ação coletiva. O seu sentido costuma ser opaco para a análise; a distância entre protesto e benefício individual não é transparente. Forma clara de violência coletiva, é menos evidente a sua condição de ação política. O artigo examina as características e o significado dos saques em distintos tempos e lugares. Analisa depois a emergência da prática coletiva em três conjunturas históricas muito diferentes entre si. A primeira é a guerra da independência do Rio da Prata e as disputas em torno da conformação do Estado nacional no século XIX. A segunda remete às tensões suscitadas pela instauração da democracia liberal e o surgimento de dois grandes partidos políticos de massas, o radicalismo e o peronismo. A terceira centra-se nos novos tipos de conflitualidade social emanados do processo de desindustrialização e o acelerado crescimento da pobreza estrutural entre a década de 1970 e o início do presente século.
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