Trabalhadores que produzem tecidos industriais e cultivam a terra: trabalho têxtil, migrações e conexões entre trabalho rural e fabril
Palavras-chave:
trabalhadores têxteis, migração, trabalho rural e fabril, identidades de tecelõesResumo
Este artigo explora as experiências de trabalhadores migrantes, muitos deles procedentes do meio rural, que se estabeleceram em um importante pólo da indústria têxtil do Brasil, localizado no estado do Rio de Janeiro. Articulando diversas fontes históricas, buscamos compreender tanto as práticas agrícolas mantidas pelos migrantes devido à sua origem, quanto os incentivos ao trabalho na lavoura promovidos pelos empregadores nas fábricas. Em contraste com estudos guiados por noções de modernização que vincularam grosseiramente o mundo fabril ao progresso em oposição ao agrícola, este artigo examina como o trabalho rural e o trabalho fabril coexistiram em múltiplas combinações. Argumentamos que o termo "roçado operário", utilizado em muitos estudos, não é suficiente para descrever um fenômeno social muito mais variado e complexo. Portanto, propomos um novo arcabouço para a compreensão das diversas formas de uso do solo por esses trabalhadores.
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